terça-feira, 22 de junho de 2010

O Panteão Templário - Santa Maria do Olival, Tomar

Igreja de Santa Maria do Olival - Tomar



Muito se tem falado e escrito sobre os mistérios da Igreja de Santa Maria do Olival, desde os seus túneis ao famoso Baphomet entretanto "desaparecido" nos finais do século XX. Polémicas à parte, importa referir que um dos principais, senão o principal, propósito da sua edificação foi o de ser o Panteão dos Mestres da Ordem do Templo em Portugal. 
Conforme nos legou José Manuel Capêlo na sua obra Portugal Templário, passo a transcrever a "Relação dos Mestres (do Templo) sepultados na Igreja de Santa Maria dos Olivais":

Ordem do Templo

D. Gualdim Pais (1159-1195)
D. Lopo Fernandes (1195-199)
D. Fernão Dias (1199-1206)
D. João Domingues (1206-1209)
D. Gomes Ramires (1209-1212)
D. Pedro Alvites ou D. Pedro Álvares de Alvito (1212-1221)
D. Pedro Anes (1223-1224)
D. Martim Sanches (1224-1229)
D. Estevão Belmonte (1229-1237)
D. Pero Nunes ou D. Pedro Nunes (1237-1239)
D. Guilherme Fulcon (1239-1242)
D. Rodrigo Dias (1242)
D. Martim Martins (1242-1248)
D. Pero Gomes ou D. Pedro Gomes (1248-1250)
D. Paio Gomes ou D. Paio (Pelayo) Mendes (1250-1253)
D. Martim Nunes ou D. Martinho Nunes (1253-1265)
D. Gonçalo Martins (1265-1271)
D. Beltrão de Valverde (1271-1277)
D. João Escritor (1278-1283)
D. João Fernandes (1283-1288)
D. Afonso Gomes (1291-1293)


Certamente notarão que o último Mestre da Ordem do Templo em Portugal D. Vasco Fernandes não consta nos Mestres sepultados em Santa Maria do Olival. Indica-nos o autor que o mestrado de Dom Frei Vasco Fernandes foi de 1293 a 1311 ou 1314, sendo que viria a ser sepultado na Igreja de Montalvão no ano de 1323.


Estão, igualmente, sepultados em Santa Maria do Olival ou dos Olivais, os primeiros 6 Mestres da Ordem de Cristo:

D. Gil Martins (1319-1321)
D. João Lourenço (1321-1327)
D. Martim Gonçalves Leitão (1327-1335)
D. Estevão Gonçalves Leitão (1335-1344)
D. Rodrigo Anes (1344-1356)
D. Nuno Rodrigues (1356-1372)



Fontes: Portugal Templário, José Manuel Capêlo, editora Zéfiro.

quinta-feira, 18 de março de 2010

18 de Março de 1314

quinta-feira, 4 de março de 2010

"(...) em Portugal, os templários não foram destruídos; foi-lhes simplesmente pedido que mudassem de nome, tendo sido assim que se passaram a chamar Ordem de Cristo, consentindo em adoptar uma cruz branca para mostrarem que se tinham redimido dos seus erros. Esta Ordem de Cristo representa assim, sem qualquer corte, a transmissão regular da Ordem do Templo."

Papus

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Oração num vitral da Catedral de Lubeck, Alemanha

Tu me chamas Mestre e não me obedeces.
Luz e não me vês.
Caminho e não me segues.
Vida e não me desejas.
Sábio e não me escutas.
Amável e não me amas.
Rico e não me invocas.
Eterno e não me buscas.
Justo e em mim não confias.
Nobre e não me serves.
Senhor e não me adoras.
Se eu te condenar, não me culpes.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Nas doutrinas secretas dos templários... Fernando Pessoa

"Nas doutrinas secretas dos Templários estão os quatro segredos, que o haviam de ser depois da Maçonaria, assim como de todas as Ordens. O primeiro, contido nas cores branca e preta da bandeira dos Templários, e nos signos Virgem e Scorpio do zodíaco, é o chamado Segredo do Grau de Mestre (entendendo-se Mestre do Templo). O segundo, contido na cruz vermelha, é o da Encarnação de Cristo, e é a chave não só de toda a religião cristã, senão também da sua verdadeira origem histórica, por trás das alegorias evangélicas. O terceiro, contido na colocação da Cruz, à esquerda, sobre o ombro, é a chave da Ordem, e portanto de todas as Ordens. O quarto, contido nos três graus, com que a Ordem é formada, é a chave do Governo Secreto do Mundo; também é conhecido por o Segredo da Cavalaria. (Cavaleria)

3.° porque o é da Manifestação.

[...]

J ben H, erg como C. cerca de 96 (ou 100?) anos depois. (A divisão em séculos — tempo a m. e a inc. de J ben H).

[...]

Para operar, os Templários da Escócia serviram-se da Associação ou Grémio Secreto de Pedreiros ou Construtores de Catedrais, que, tendo em si princípios ocultos que datam de tempos remotos, tinham todavia perdido a Palavra (isto é, o Sentido, Logos) do ritual que conservavam e das estruturas que erguiam. Nesse rito morto introduziram os Templários da Escócia a Palavra que traziam, erguendo-o; e, se o fizeram, é porque as analogias eram perfeitas.

A redacção alegórica perfeita foi por fim atingida no Evangelho de (ou segundo) S. João, que, com o Apocalipse de igual atribuição, e as Epístolas de Paulo forma o corpo doutrinário essencial do Cristianismo, como também da Maçonaria.

(Os Joanitas, e o derrame da tradição essencial quanto à origem do Chmo.)"


Fernando Pessoa

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

O suplício físico de Jacques de Molay

"

O suplício físico de Jacques de Molay, impotente para produzir nenhum resultado mais que baixamente material, desencadeou sobre a Igreja as forças mágicas que essa acção material era incompetente para dominar, servindo só para as desencadear. E o pior foi que o processo de imolação fosse pelo Fogo, isto é, pelo Elemento da Ordem. Assim, para falar um pouco obscuramente, o que era Adepto Exempto, em vez de passar a Mestre do Templo, foi erguido a Mago, e, apto a pronunciar a Palavra da Era, pronunciou-a como Irmão Negro, e contra a Igreja. Toda a civilização moderna, desde a Reforma aos nossos tempos, no que é oposição à Igreja e conspurcação dela e dos seus princípios, é a vingança encarnada de Jacques do Molay. A fogueira em que foi queimado o Grão-Mestre dos Templários foi o lume que ateou o incêndio em que hoje todos ardemos.

Num ponto, porém, a vingança de Molay, operando per vias inferiores, caiu no mesmo erro em que haviam caído os seus algozes. Foi quando D. Sebastião, AE [Adepto Exempto], foi feito cair em Alcácer Quibir. Caiu pela espada, isto é, pela Terra, e o erro foi o mesmo que o de fazer Molay cair pelo Fogo, porque de igual natureza. No mesmo modo o Adepto Exempto ascendeu a Mago, queimando o grau intermédio, e pronunciou, no tempo dado, a Palavra de Era seguinte."


Fernando Pessoa

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Ordem de Christo




"A Ordem de Cristo não tem graus, templo, rito, insígnia ou passe. Não precisa reunir, e os seus cavaleiros, para assim lhes chamar, conhecem-se sem saber uns dos outros, falam-se sem o que propriamente se chama linguagem. Quando se é escudeiro dela não se está ainda nela; quando se é mestre dela já se lhe não pertence. Nestas palavras obscuras se conta quanto basta para quem, que o queira ou saiba, entenda o que é a Ordem de Cristo — a mais sublime de todas do mundo.

Não se entra para a Ordem de Cristo por nenhuma iniciação, ou, pelo menos, por nenhuma iniciação que possa ser descrita em palavras. Nãos se entra para ela por querer ou por ser chamado; nisto ela se conforma com a fórmula dos mestres: «Quando o discípulo está pronto, o Mestre está pronto também.» E é na palavra «pronto» que está o sentido vário, conforme as ordens e as regras.

Fiel à sua obediência — se assim se pode chamar onde não há obedecer — à Fraternidade de quem é filha e mãe, há nela a perfeita regra de Liberdade, Igualdade, Fraternidade. Os seus cavaleiros—chamemos-lhes sempre assim — não dependem de ninguém, não obedecem a ninguém, não precisam de ninguém, nem da Fraternidade de que dependem, a quem obedecem e de que precisam. Os seus cavaleiros são entre si perfeitamente iguais naquilo que os torna cavaleiros; acabou entre eles toda a diferença que há em todas as coisas do mundo. Os seus cavaleiros são ligados uns aos outros pelo simples laço de serem tais, e assim são irmãos, não sócios nem associados. São irmãos, digamos assim, porque nasceram tais. Na ordem de Cristo não há juramento nem obrigação.

Ela, sendo assim tão semelhante à Fraternidade em que respira, porque, segundo a Regra, «o que está em baixo é como o que está em cima», não é contudo aquela Fraternidade: é ainda uma ordem, embora uma Ordem Fraterna, ao passo que a Fraternidade não é uma ordem."


Fernando Pessoa

terça-feira, 9 de junho de 2009

"Embora não existam provas conclusivas, há boas probabilidades de que Gualdim Pais fosse filho bastardo do fundador da Ordem do Templo, Hugues de Payns. Segundo alguns historiadores, Pais seria uma contracção de Payns. Ao suprir o M fica Pais. O fundador da cidade e do castelo de Tomar foi e ainda é, por alguma razão, considerado o mais importante mestre templário lusitano, provavelmente um iniciado da Ordem e muito amigo do nosso primeiro Rei."

Eduardo Amarante
in "Portugal - A Missão que falta Cumprir", Zéfiro, 2009

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Cavalaria

«(...) A Cavalaria deve ser, em primeiro lugar, uma testemunha. Os grandes valores, a realidade, as grandes qualidades da cavalaria estão lá e presentes, mas por outro lado, não chega estarem presentes. É preciso agir, não apenas como exemplo, mas intervir quando é preciso. E isto é extremamente importante.

A Cavalaria, os seus objectivos, não mudam nunca. Revestem-se de novos termos, mas mantêm-se os mesmos. E a grande via, a grande, grande via da Cavalaria, a que contém todas as outras possibilidades, todas as outras regras, foi exprimida uma única vez através de termos muito claros: "Amai-vos uns aos outros". Porque, todas as dificuldades com que nos deparamos são devidas ao facto das pessoas não se amarem umas às outras.(..)"

Raymond Bernard

De laude novae militiae

"Uma nova cavalaria apareceu na terra da Encarnação. Ela é nova, digo eu, e ainda não experimentada no mundo,onde leva a cabo um combate duplo, quer contra os adversários de carne e sangue, quer contra o espírito do mal nos céus. E que os seus cavaleiros resistam pela força do seu corpo a inimigos corporais, não acho maravilhoso posto que não julgo raro. Mas que conduzam a guerra através das forças do espírito contra os vícios e os demónios, isso chama-lo-ei não somente de maravilhoso, mas digno de todos os louvores devido ao religioso... O Cavaleiro, que é verdadeiramente sem medo e sem mácula, é o que protege a sua alma pela armadura da Fé, tal como cobre o corpo de uma cota de malha. Duplamente armado, ele não tem medo, nem dos demónios, nem dos homens..."

São Bernardo

quinta-feira, 8 de maio de 2008

De Laudes...

(...)

Certi quia neque mors, neque vita, poterunt vos separare a caritate Dei, quae est in Christo Jesu. Nem a vida, nem a morte poderá separar-vos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus; pois se vivemos, vivemos para o Senhor, e se morremos, morremos pelo Senhor.

(...)

Gaudete, fortis athleta, si vivis et vincis in Domino. Alegra-te, valoroso atleta, se vives e vences no Senhor; pois terás alegria e felicidade se te unires ao Senhor. Se são ditosos os que vivem no Senhor, não serão muito mais os que morrem pelo Senhor?

(...)

Ex cordis nempe affectis, non belli eventu, pensatus vel periculum, vel victoria christiani. A derrota ou vitória do cristão, não se mede pela sorte do combate, mas pelos sentimentos do coração.

Si bona fuerit causa pugnantis, pugnae exitus malus esse non poterit. Se a causa da tua luta, tiver sido boa, não poderá ser má a sua vitória na batalha. Também não se pode considerar um êxito, quando a sua razão é recta, nem é justa a sua intenção.

Cum de duobus malis, in corpore quam in anima mori levius sit. Entre dois males, é preferível morrer corporalmente do que espiritualmente.

quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

João Evangelista



in principio erat Verbum
et Verbum erat apud Deum
et Deus erat Verbum
hoc erat in principio apud Deum
omnia per ipsum facta sunt et sine ipso factum est nihil quod factum est
in ipso vita erat et vita erat lux hominum
et lux in tenebris lucet et tenebrae eam non conprehenderunt
fuit homo missus a Deo cui nomen erat Iohannes
hic venit in testimonium ut testimonium perhiberet de lumine ut omnes crederent per illum
non erat ille lux sed ut testimonium perhiberet de lumine
erat lux vera quae inluminat omnem hominem venientem in mundum
in mundo erat et mundus per ipsum factus est et mundus eum non cognovit
in propria venit et sui eum non receperunt

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

São Bernardo


"Existiu um homem enviado por Deus (...) que portador e dotado de uma graça particular, manifestou com a sua própria conduta uma santidade eminente; que brilhou (...) pela luz da sua fé e da sua doutrina, que pela sua palavra e seu exemplo impôs até às nações estrangeiras e bárbaras os preceitos da religião (...), que devolveu à rectidão da vida cristã uma multidão infinita de pecadores que caminhavam no mundo pelo caminho da facilidade; que se crucificou com o mundo e crucificou o mundo nele mediante sacrifícios corporais que lhe atribuíram o mérito dos santos mártires (...).
Este monge, taumaturgo, pregador, defensor da Igreja, cruzado, santo chamava-se Bernardo de Claraval."

in Carta Apostólica Contigit olim

quinta-feira, 26 de julho de 2007

Dia de Santiago


Santiago, o Apostolo


Tiago, filho de Zebedeu e Salomé, irmão de João Evangelista, pescadores do mar da Galileia foram chamados por Jesus Cristo (Mateus, 4:21). Estes dois apóstolos, juntamente com Pedro, gozavam de uma especial confiança e relação com Jesus como discípulo básico destacando-se do resto do grupo, testemunhando os momentos importantes (Marcos, 9:2-8). Após a morte de Jesus, Santiago é parte integrante da formação da Igreja Primitiva vindo a pregar não só na Palestina mas também na Espanhas. Passou seis anos a pregar em Portugal e Espanha. No ano de 44 D.C., 12 anos após a ressurreição de Cristo, regressa à Palestina acompanhado dos seus discípulos Teodoro e Atanásio. Cumpre a tradição que foram celebrar a Páscoa em Jerusalém. Nesse retorno Tiago Maior é preso e decapitado por ordem de Herodes Agripa I (Actos 12:1-2). Santiago torna-se o primeiro apóstolo mártir. Conta-se que durante o caminho até a sua execução realiza dois milagres, a conversão e baptismo do guarda que o acompanhava, um fariseu chamado josías, e a cura de um paralítico.

Diz a lenda que seu corpo foi atirado as feras, porém seus discípulos, Teodoro e Atanásio, transladaram o corpo para o local onde ele havia pregado, numa viagem de 7 dias, numa barca sem leme nem velas, guiadas por um anjo, passando pela costa portuguesa, aportando na ria de Arosa, em Iria Flávia, actualmente conhecida como Padrón. Em seguida segue-se a viagem até Liberum Donum, local onde seria sepultado o apóstolo. O transporte fazia-se numa carroça puxada por uma junta de bois, que pela tradição, se dizem bravos. Os animais param três vezes ao longo do percurso. Estranhamente acontecem todas a poucos metros umas das outras. Os discípulos interpretaram com uma incumbência especial cada uma delas. No primeiro local seria a criação de uma capela, o segundo a edificação de uma fonte, e finalmente a terceira, o local onde está depositado o corpo e as relíquias de Santiago.

Pensa-se que as peregrinações ao túmulo começaram quase imediatamente, bem como as perseguições ordenadas pelo Imperador Vespesiano, acabando por proibir o culto Jacobeu, provocando um esquecimento letárgico.

No ano de 814, Pelaio, um ermita de um bosque de Carvalhos próximo de San Félix de Solovio, seguindo uma revelação que tivera durante o sono, em que anjos adoravam uma arca, descobriu um túmulo contendo umas relíquias. Pelaio corre a contar a sua revelação ao Bispo de Iria Flávia, Teodomiro. O bispo dirigiu-se ao bosque sagrado do ermitão, e tentou atingir o estado semelhante ao do ermita, jejuando 3 dias. Teodomiro, penetrou no bosque e identificou uma capela contendo três campas. Esta foi de imediato associada ao culto Jacobeu, acreditando ser o sepulcro de Santiago e dos seus dois discípulos. Afonso II das Astúrias foi o primeiro peregrino deste novo ciclo de culto a Santiago.

Sobre este local foi erguida a Catedral de Santiago de Compostela.

De acordo com as tradições históricas associadas a história da reconquista cristã, Santiago teria aparecido, pela primeira vez, miraculosamente na Batalha de Clavijo, em 844. Montado num cavalo branco, erguendo um estandarte da mesma cor com cruz vermelha gravada em sua mão, percorre o campo de batalha decepando os mouros com a espada que lhe dará nome. Desde então a designação Santiago Matamoros torna-se popular. Comummente também existem referências ao nome Santiago da Espada.

Entretanto dá-se a investida muçulmana de Al-Mansour, que entrou na catedral destruída, deu de beber ao seu cavalo na pia baptismal.

Sancho III de Navarra, no século XI determina um percurso de peregrinação que se irá manter até aos nossos dias. No final do mesmo século o rei de Leão Afonso VI, cria um sistema de assistência aos peregrinos com instalação de abrigos, e incentivou a fundação de ordens militares destinadas a protecção dos peregrinos.

Santiago torna-se uma das três peregrinações da Cristandade, juntamente com Roma e Jerusalém.


As três Faces


Curiosamente Santiago é representado, iconograficamente, de três maneiras. Como Apóstolo, como Peregrino e como Cavaleiro ou Matamoiros.

A primeira não é mais do que a comum representação de todos os apóstolos, como um dos pilares da Igreja. A segunda trata-se da imagem de Santiago representado com o bordão que sustenta e apoia o peregrino na caminhada, a cabaça fonte de água e sabedoria juntamente com a vieira, representação simbólica do apóstolo. Finalmente, na terceira representação Tiago Maior, é representado montado num cavalo branco, envergando um veste branca, cor do seu estandarte onde se destaca a espada em forma de cruz, bem como, uma espada erguida contra os infiéis.


O Culto


A Igreja Romana celebra no dia de 25 de Julho o dia de Santiago, enquanto que por sua vez a Igreja Ortodoxa celebra a 30 de Abril e a Igreja Copta a 12 de Abril.

Não deseja de ser um facto curioso a fundação da nacionalidade estar associada a batalha de Ourique que decorreu no dia 25 de Julho de 1139. Facto ainda mais interessante é a lenda que lhe é atribuída. Afonso Henriques foi visitado por um velho homem que o rei já tinha visto em sonhos e que lhe fez uma revelação profética de vitória. Contou-lhe ainda que "sem dúvida Ele pôs sobre vós e sobre a vossa geração os olhos da Sua Misericórdia, até à décima sexta descendência, na qual se diminuirá a sucessão. Mas nela, assim diminuída, Ele tornará a pôr os olhos e verá." O rei deveria ainda, na noite seguinte, sair do acampamento sozinho logo que ouvisse a sineta da ermida onde o velho vivia, o que aconteceu. O rei foi surpreendido por um raio de luz que progressivamente iluminou tudo em seu redor, deixando-o distinguir aos poucos o Sinal da Cruz e Jesus Cristo crucificado. O rei emocionado ajoelhou-se e ouviu a voz do Senhor que lhe prometeu a vitória naquela e em outras batalhas: por intermédio do rei e dos seus descendentes, Deus fundaria o Seu império através do qual o Seu Nome seria levado às nações mais estranhas e que teria para o povo português grandes desígnios e tarefas. D. Afonso Henriques voltou confiante para o acampamento e, no dia seguinte, perante a coragem dos portugueses os mouros fugiram, sendo perseguidos e completamente dizimados.

em www.mestradodaviz.blogspot.com

segunda-feira, 23 de julho de 2007


squi vicerit faciam illum columnam in templo Dei mei et foras non egredietur amplius et scribam super eum nomen Dei mei et nomen civitatis Dei mei novae Hierusalem quae descendit de caelo a Deo meo et nomen meum novum

qui habet aurem audiat quid Spiritus dicat ecclesiis


et angelo Laodiciae ecclesiae scribe haec dicit Amen testis
fidelis et verus qui est principium creaturae Dei

scio opera tua quia neque frigidus es neque calidus utinam
frigidus esses aut calidus

sed quia tepidus es et nec frigidus nec calidus incipiam te
evomere ex ore meo



A quem vencer, eu o farei coluna no templo do meu Deus, e dele nunca sairá; e escreverei sobre ele o nome do meu Deus, e o nome da cidade do meu Deus, a nova Jerusalém, que desce do céu, do meu Deus, e também o meu novo nome.

Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas.

E ao anjo da igreja que está em Laodicéia escreve: Isto diz o Amém, a testemunha fiel e verdadeira, o princípio da criaçäo de Deus:

Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente; quem dera foras frio ou quente!

Assim, porque és morno, e näo és frio nem quente, vomitar-te-ei da minha boca.


Apocalipse de João
Capitulo III
versiculos 12-16


quarta-feira, 18 de julho de 2007




132:1 canticum graduum David ecce quam bonum et quam iucundum habitare fratres in unum

132:2 sicut unguentum in capite quod descendit in barbam barbam Aaron quod descendit in ora vestimenti eius

132:3 sicut ros Hermon qui descendit in montes Sion quoniam illic mandavit Dominus benedictionem et vitam usque in saeculum



Como é bom, como é agradável para os irmãos viverem juntos.

É como um óleo perfumado espalhado na cabeça que escorre para a barba, a barba de Aarão, e que desce até a fímbria do seu fato.

É como o orvalho de Hermon que desce sobre a colina de Sião.

Pois é lá que o Senhor espalhou a sua bênção e a vida por todos os séculos.



Salmo 132 - Leitura durante o ritual de iniciação

sexta-feira, 6 de julho de 2007



"...Ela trava um combate duplo, umas vezes contra os
adversários de carne e sangue, outras contra o
espírito do Mal nos céus..."

São Bernardo

quinta-feira, 5 de julho de 2007


"Aprendemos mais coisas na floresta do que nos livros;
as árvores e os rochedos ensinar-vos-ão coisas que
não conseguiríeis ouvir noutro lugar"

São Bernardo de Claraval
(Epístola CVI)



“Deus honrado, glorioso, que sois cumprimento de todos os bens, por vossa graça e vossa bênção começa este livro que é da Ordem de Cavalaria…”

Ramon Lull in Livro da Ordem de Cavalaria


A Torre do Graal


quarta-feira, 4 de julho de 2007




Securi ergo procedite, milites, et intrepido animo inimicos
crucis Christi propellite, certi quia neque mors, neque vita
poterunt vos separare a caritate Dei, quae est in Christo Iesu.


Soldados, marchai seguros no combate, carregai valorosos
contra os inimigos da cruz de Cristo, e ficai certos de que
nem a vida nem a morte, poderá separar-vos do Amor
de Deus, que está em Cristo Jesus.

São Bernardo in Liber ad milites templi


Sive vivimus, sive morimur, Domini sumus.


Quer em vida, quer em morte, somos do Senhor.

São Bernardo in Ad milites templi



Os dois cavalleiros montados no mesmo cavallo não designam, como ingenuamente se julgou (cuidou), a pobreza da ordem, que não tinha cavallos bastantes para os seus cavalleiros. Signifca outra coisa muito differente: a dupla constituição da Ordem, o facto de que tinha um lado Militar e um lado Sacerdotal, ou, em outras palavras, um lado exotérico e outro esotérico, um lado externo e outro interno. O primeiro estava em contacto com a Igreja de Roma e a ella se subordinava e obedecia; o segundo a ninguém humano devia, ou poderia dever, obediência.

Fernando Pessoa,

citação em "O Perdão dos Templários"- Zéfiro



Aquele que souber vencer os terrores da morte

tem direito a ser iniciado nos maiores Mistérios.

Grau de Iniciação de um Cavaleiro


Ego sum Via, Veritas et Vita



Jesus respondeu-lhe: «Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém pode ir até ao Pai senão por mim. (João14:6)

Sancti Michaelis Archangeli



O Princeps Caelestis Militiae


O Princeps caelestis miliatiae, Sancte Michael,
qui superbum luciferum cum omnibus suis asseclis in tartarum deiecist,
o Defensor et Protector Ecclesiae,
o Animarum ex hoc saeculo migrantium praeses:

Succurre populo Dei, defende Ecclesiam tibi commendatam contra omnes insidias satanae;

Adiuva animam meam contra eundem constitutam,
quam tibi nunc commenda praesertim me in hora mortis meae protege,
ut ad paradisi gaudia admittar,
ubi cum omnibus Angelis Deum
asternis laudibus depraedicem.

Amen

Ordem Militar dos Cavaleiros Pobres do Templo de Salomão

Vede bem, bom e doce Irmão, se sereis
capaz de sofrer todas estas durezas.

da Regra Primitiva dos Cavaleiros Templários